terça-feira, 22 de setembro de 2009

II – ACABOU-SE A INVEJADA DEMOCRACIA INTERNA DO PT?

Esta situação negativa evoluiu para acabar com a democracia interna e a diáspora das tendências minoritárias que atuavam na militância partidária e nos movimentos populares e sindicais. A passagem para o autoritarismo apontou a terceirização dos equívocos, desregramentos e ilícitos.
Tudo acobertado pelo Presidente, que tem o desplante de se voltar contra a liberdade de imprensa, acusando-a de distorcer os fatos e confundir a opinião pública. Agora mesmo, a nomenclatura governamental diz que a imprensa errou ao publicar o espancamento dos produtores de arroz de Roraima, ordenada por ele próprio.
O início de um estado policialesco não se trata de uma decisão partidária, porque em termos de decisão o PT já não existe. Se os idealistas que permaneceram no partido pudessem opinar, não concordariam com isto.
Também não aceitariam a aliança espúria com a ala fisiológica do PMDB, envolvida com atos corruptos em empresas estatais e fundos de pensão. A parceria, na realidade, não passa do recuo final de Lula abandonando os restos de ética e moralidade que nortearam o PT por muitos anos.
É igualmente evidente que - se a democracia interna persistisse - a imposição da candidatura de Dilma Rousseff não passaria nas gargantas roucas dos lutadores pela democracia, do decoro e da honestidade da velha militância.
Fonte de Publicação: MIRANDA SÁ, jornalista (mirandasa@uol.com.br)