segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ATLETISMO INTERNACIONAL


Revelação no caso Caster Semenya. Neste domingo, Leonard Chuene, presidente da Associação de Atletismo da África do Sul (ASA) e maior defensor da corredora, confessou ter mentido sobre não saber que ela é hermafrodita. Chuene admitiu ter mentido para proteger a privacidade de Semenya.
Chuene sempre negou a existência de exames sobre o sexo de Semenya antes do Mundial de Berlim. No entanto, e-mails descobertos por uma investigação governamental provaram que o médico da equipe, Harold Adams, realizou testes com a atleta em agosto e aconselhou ao dirigente que a impedisse de competir, o que não aconteceu. Como consequência, a sul-africana disputou os 800m, conquistou a medalha de ouro e iniciou uma série de investigações sobre seu sexo, que trouxeram constrangimento para a corredora e comoção da comunidade internacional, com o caso chegando até a Organização das Nações Unidas (ONU).Porém, o ministro do Esporte sul-africano, Gert Oosthuizen, entrou com o pedido da demissão do dirigente. Chuene não somente mentiu para o nosso ministério, mas também para um país inteiro. Isso não é aceitável. Agora, solicitamos que os membros da ASA assumam a responsabilidade pelas ações de Chuene e o demitam de seu cargo de presidente – disse Oosthuizen em entrevista ao jornal britânico "Telegraph".